O hospital de Caruaru é público |
A direção do HRA (Hospital Regional do Agreste), em Caruaru (PE), proibiu as orações e pregações de visitantes evangélicos nos corredores das internações e enfermaria porque elas estavam incomodando os pacientes. A cidade tem mais de 300 mil habitantes e fica a 130 km de Recife.
José Bezerra, diretor do HRA, disse que não haveria nenhum problema com as orações, se elas fossem feitas em voz baixa.
Em comunicado, ele reconheceu que existem pacientes que necessitam de conforto espiritual, mas argumentou que os visitantes de pacientes evangélicos precisam respeitar quem é de outra religião.
Informou que tomou a decisão após receber reclamação de pacientes e de seus parentes que estavam ouvindo a “contragosto” as pregações. Disse que no hospital há um espaço ecumênico e é lá que os religiosos de todos os credos devem fazer suas orações.
O pastor Arnóbio Silva, da Igreja Evangélica Congregacional Vale da Bênção, criticou a proibição.
Ele disse que os fiéis gostam de orar junto a seus parentes e que o hospital deveria respeitar a liberdade religiosa garantida pela Constituição. “Se havia excessos, caberia à direção do hospital orientar as pessoas, em vez de proibi-las.”
O padre Everaldo Fernandes, presidente da Associação Inter-religiosa do Agreste, apoiou a decisão do hospital. Afirmou que não houve intolerância religiosa, mas uma forma de impor o respeito mútuo.
“A religião tem seus limites éticos”, disse. “E nós precisamos pensar sobre as nossas práticas, que devem ser éticas, respeitando a todos.”
Com informação do UOL.
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