quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

No Corinthians, só Tite sabe que Adriano é um inútil

Justiça seja feita: se existe alguém no Corinthians que nunca acreditou em Adriano é o técnico Tite. O presidente Andrés Sanches – influenciado pela 9ine de Ronaldo – esforçou-se para enquadrá-lo, aguentou as suas baladas e pagou religiosamente em dia o um salário superior a R$ 300 mil para ter um verdadeiro “come-dorme” dentro do elenco.

Tite, não. Eu tive uma oportunidade – ainda que fortuita e fugaz – de observar o clima ruim e pesado entre o técnico e o Imperador. Foi logo depois do jogo Corinthians 1×0 Ceará, pelo Brasileirão/11. Eu estava em Fortaleza, coincidentemente no mesmo hotel em que o Corinthians hospedou-se. Na descida para o café da manhã, Tite estava no elevador e Adriano entrou. De repente, “ouviu-se” aquele silêncio. Sequer se cumprimentaram. Adriano, que ficou no banco e não jogou na noite anterior, deu as costas e fez cara de poucos amigos.

Roberto de Andrade, presidente interino do Corinthians, parece menos paciente do que Andrés Sanches. Depois da indisciplina de ontem, ele dissem em coletiva que vai repensar a renovação do seu contrato: “É um indício de que Adriano não quer continuar com a gente. O campeonato começa sábado, e gostaríamos de ver os atletas em campo. Mas parece que o atleta não quer trabalhar conosco”.

A menos que mude completamente o seu comportamento, Adriano morreu para o futebol. E o técnico Tite – que o afastou sumariamente do amistoso desta quarta contra a Portuguesa – sabe disso há muito tempo.
Cá entre nós, Adriano parece que afundou naquele navio Costa Concórdia que festejou o centenário do Timão. Só que ninguém percebeu.

Marcondes Brito.

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