segunda-feira, 5 de março de 2012

O Corinthians provocou e o Santos riu por último

O clássico Santos x Corinthians não valia praticamente nada porque os dois devem se classificar sem sustos para a segunda fase do Paulistão. Mas a diretoria do Corinthians resolveu provocar com aquela história de “Eterno 7×1”. Que eu me lembre, foi a primeira vez na história que se fez uma provocação oficial, com venda de camisa na loja do clube.

Esse tipo de ação (cutucando também o tabu diante do São Paulo) só seria compreensível se partisse da torcida, não da diretoria. Se a idéia partiu do presidente Mário Gobi, foi um grande equivoco. Se foi da turma do marketing e ele apenas referendou, deve ser responsabilizado da mesma forma.

Enfim, o Corinthians injetou uma motivação a mais no adversário. E a camisa da provocação vai encalhar nas lojas porque o Santos riu por último na Vila Belmiro.

Na verdadde, o Corinthians não jogou bem. Preocupou-se demais em defender e arriscou menos do que poderia. Adriano bem que tentou ser um diferencial frente, mas ele ainda está pesado. Verdade seja dita, a bola não chegou nele. O meio-campo do Corinthians não ajudou.

O nome do jogo foi Paulo Henrique Ganso. Agora que passou a ter uma função mais participativa, seu jogo aparece mais. E o 10 do Santos tem um toque refinado até nas jogadas mais simples. O passe que deu para Ibson marcar foi um primor. Que Deus proteja as suas canelas de vidro.

No final, na entrevista coletiva, uma declaração comovente e esclarecedora do técnico Muricy Ramalho: “Desde que tomamos aquela lição de futebol do Barcelona, passamos a valorizar a posse de bola. O futebol é isto: temos que aprender diariamente”.


Marcondes Brito.

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