Qualquer assunto é motivo para a Record provocar, cutucar e alfinetar a Globo. Agora é a renúncia da Ricardo Teixeira na CBF, que mereceu comentário no blog O Provocador, do portal R7, assinado pelo jornalista Marco Antônio Araújo. Leia:
A Globo canonizou Ricardo Teixeira. Em uma homenagem travestida de reportagem, a afilhada querida do poderoso padrinho fez elogios sem-fim aos seus feitos à frente da CBF. Foram pouco mais de 3 minutos e 30 segundos de aplausos. Denúncias? Uma minúscula parte dos escândalos desvendados pela Record, durante semanas seguidas, apareceram brevemente após 2 minutos e 40 segundos e logo trataram de dizer que foram arquivadas. Foram números e marcas positivas quase sem-fim:
112 títulos
5 Copas América
3 finais consecutivas de Copa do Mundo
Assumiu com apenas dois patrocinadores e deixou a entidade com R$ 271 milhões em caixa
Organizou o campeonato nacional de futebol
Comandou a campanha vitoriosa do Brasil para sediar a Copa de 2014
Este santo homem foi injustiçado por aqueles que não compreendem o amor de um pai por uma filha, de um padrinho por sua afilhada. Como tenho dito nos últimos dias, é fácil mentir dizendo a verdade. Ricardo Teixeira não deixou apenas o comando do futebol brasileiro nesta segunda. Deixou a Globo órfã de seu maior padrinho. E o Jornal Nacional discursou em seu velório público.
Comentário meu – Tudo bem, o jornalismo da Globo as vezes demora para entrar em alguns temas polêmicos (vide o caso das Diretas Já, na década de 80). Sim, eles fingiram naturalidade enquanto a batata do poderoso chefão do futebol estava assando, não há como negar. Mas esse furor denunciador que a Record tem contra a CBF e a Fifa não é o mesmo quando o assunto é a Comitê Olímpico Internacional, que também coleciona suspeitas de corrupção. Fiquem certos: não tem nenhum bobo nessa história.
Com Marcondes Brito.
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