Nem licença, tampouco renúncia. O presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa-2014 (COL), Ricardo Teixeira, permanece em ambos os cargos apesar das denúncias de corrupção envolvendo o nome dele e das especulações de que estaria prestes a se afastar, inclusive por motivos de saúde.
Em assembleia geral extraordinária realizada ontem, no Rio, em que estiveram presentes os chefes das 27 federações estaduais, houve uma homologação por unanimidade do apoio à continuação de Teixeira.
Ficou acertado também que, em caso de renúncia, será cumprido o estatuto que coloca a sucessão para o vice-presidente mais velho da CBF, no caso, José Maria Marin. Teixeira foi embora sem dar entrevista. A saída do cartola mineiro, desde 1989 no poder, era dada como certa por presidentes de federações estaduais antes do Carnaval.
Em 29 de setembro do ano passado, o dirigente havia sido internado em um hospital no Rio, por conta de uma diverticulite (inflamação na parede do cólon, ligado ao intestino grosso) não complicada. Recebeu alta dois dias depois.
Além disso, enfrenta acusação de estar envolvido no maior escândalo da história da Fifa. O chamado dossiê da ISL, ex-agência de marketing da entidade, falida em 2001, será avaliado pela Corte Federal da Suíça e possui os nomes de dirigentes que supostamente receberam propina em negociação pelos direitos de transmissão de Copas do Mundo, entre os quais pode estar Teixeira.
Novo afastamento?
Segundo o portal UOL, o presidente da Federação Cearense de Futebol (FCF), Mauro Carmélio, Teixeira afirmou que voltará a se afastar para cuidar da saúde. "Ele vai pedir licença de saúde. Os exames é que vão dizer quando e por quanto tempo", disse.
Minutos depois, Carmélio foi menos enfático. "Apesar da gravidade, pode ser que o médico diga que ele só precisa tomar uns remedinhos e nem tenha que sair . Vamos aguardar", disse.
Diário do NOrdeste.
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