O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Alagoas cassou por 4 votos a 3 o mandato do deputado estadual João Henrique Caldas (PTN), na foto, por se aproveitar em 2010 de eventos evangélicos para fazer campanha política. Naquele ano, o nome do então candidato foi citado em pelo menos oito vezes nesses eventos. JHC, como é chamado, compareceu a dois deles.
Em uma foto da época, acompanhado de cabos eleitorais, JHC aparece distribuindo “santinhos” a participantes de um show no interior de Alagoas do líder da Igreja Internacional da Graça, pastor R.R. Soares. JHC chegou a subir no palco, ficando ao lado do pastor.
Quem denunciou JHC ao TRE foi Linaldo Araújo, que desistiu da ação, mas o MPE (Ministério Público Eleitoral) levou o caso adiante. O radialista Bekman Amorin de Moura, do FNCCE (Fórum Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral), foi uma das testemunhas.
A decisão do TRE de Alagoas serve como alerta aos candidatos para que, nas próximas eleições, não usem pastores como cabos eleitores. Pelos critérios desse tribunal, se José Serra (PSDB) ou Celso Russomanno (PRB) tivesse sido eleito prefeito de São Paulo, o seu mandato poderia ser questionado, dado o envolvimento de sua campanha com líderes religiosos.
Valdemiro Santiago, chefe da Igreja Mundial, chegou a abençoar a candidatura de Serra, em um culto que teve a presença do candidato. No caso de Russomanno, um templo da Igreja Universal lhe serviu como comitê eleitoral.
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