O Dia Especial sobre o Projeto Algodão Paraíba, realizado na quarta-feira (17), em Alagoa Grande, no Brejo paraibano, reuniu dezenas de agricultores familiares interessados no cultivo do algodão orgânico, atraídos principalmente pelas vantagens oferecidas, como garantia de mercado, sementes selecionadas e acompanhamento técnico da Empresa Paraibana de Pesquisa, Assistência Técnica e Regularização Fundiária (Emaper).
O evento, promovido pela gerência regional da Empaer de Guarabira, ocorreu na comunidade Tapera, pertencente ao agricultor Marcos Vitorino de Souza, em uma Unidade Demonstrativa de Teste, com área de dois hectares de algodão herbáceo orgânico consorciado com milho, gergelim, fava e girassol. A variedade cultivada é a BRS – 286 e a perspectiva de produção é estimada em 4000 quilos para o algodão, em torno de 300 a 400 para a fava e 200 para o girassol.
Conduzido pelos técnicos Paulo Luis e Hudson de Sousa, da gerência operacional da Empaer de Alagoa Grande, o Dia Especial, além de apresentar o Projeto Algodão Paraíba aos agricultores e autoridades presentes, demonstrou todos os aspectos técnicos da cultura, dentro dos princípios da agroecologia, a partir do preparo do solo até a comercialização.
Na ocasião, o escritor e historiador José Avelar fez uma explanação histórica sobre o algodão e o sisal no município, culturas que, segundo ele, impulsionaram por muitas décadas, o desenvolvimento econômico na Paraíba, principalmente em Alagoa Grande, até o aparecimento da praga do Bicudo, que devastou os campos de algodão, levando à falência milhares de produtores rurais. “Os paraibanos comemoram a retomada da cultura do algodão de forma sustentável, por meio do Projeto Algodão Paraíba, idealizado pelo Governo do Estado, por intermédio da Empaer”, ressaltou.
Prestigiaram o evento, além dos agricultores, representantes do Banco do Nordeste, da Câmara Municipal de Vereadores, de associações rurais e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS).
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