Após 7 anos tendo que dividir o tempo de trabalho com as responsabilidades de cuidar da filha com microcefalia, o servidor público Almir Galdino conseguiu uma redução na jornada de trabalho para poder acompanhar a filha. Apesar da existência de leis que garantem esse direito, ele só conseguiu redução através da defensoria pública.
Almir mora na cidade de Diamante, no Sertão paraibano, com a esposa e três filhos, sendo dois meninos e uma menina. Vívian tem 7 anos de idade e nasceu com microcefalia. Por conta da malformação, ela também sofre outros prolemas, como epilepsia, e não consegue andar, nem falar.
Com todas as limitações, a menina vive dependente dos pais. E quanto mais os anos passam, mais difícil fica. No início a mãe conseguia levar a filha nos braços, mas com o crescimento cada vez mais os problemas exigem a dedicação de outras pessoas.
“Pra se deslocar até as unidades de tratamento é distante, não tem como a minha esposa sozinha dar conta de tudo. Ela precisa de mim também”, diz Almair.
E foi em uma das consultas, em um hospital, que o pai tomou conhecimento das leis 8.996/2006 e 10.834/2016. Elas garantem que mães, pais e responsáveis por pessoas com deficiência tenham a jornada de trabalho reduzida para dar a assistência que o familiar precisa.
Depois de saber disso, Almair, que trabalha como agente de limpeza urbana na cidade de Diamante, procurou a prefeitura municipal e o Ministério Público, mas não obteve êxito. Foi então que ele procurou a Defensoria Pública.
Procedimento
Segundo o órgãos, a defensora pública da Comarca de Itaporanga, Raissa Palitot, expediu um ofício para a prefeitura de Diamante, relatando o caso da família e dando um prazo para que providências fossem tomadas.
O Executivo municipal acatou a notificação e o caso foi resolvido extrajudicialmente. Raíssa explicou que usou as leis estaduais de 2009 e 2016 como base para expedir o ofício. O parecer da Procuradoria Jurídica do município foi entregue à família em julho deste ano.
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