A Assembleia Legislativa tem aprovado em sequência decretos de calamidade pública em decorrência da crise hídrica no Agreste paraibano. Na sessão desta terça-feira (23), os deputados iriam aprovar à toque de caixa mais um, para o município de Alagoinha. O projeto de decreto legislativo da Mesa Diretora da Casa, no entanto, acabou sendo pivô de debate político entre parlamentares.
A discussão teve início após o líder da base de oposição, deputado Cabo Gilberto (PSL), afirmar ser favorável à proposta, mas abrir um parênteses para criticar a condução do governo do estado, através da Cagepa, na gestão das águas na região do Brejo e Agreste da Paraíba, que vem sofrendo com a crise hídrica.
O líder da base governista, deputado Lindolfo Pires, ironizou as queixas, afirmando que o governador João Azevêdo (Cidadania) não poderia ser responsabilizado pela falta d’água porque ele “não controla a chuva”. Também demonstrando desconhecer a realidade local.
O debate foi finalizado com a explicação do deputado Bosco Carneiro, que tem base eleitoral na região. Ele afirmou que a gestão das águas em Alagoinha é de uma empresa própria e não tem vínculo ou subordinação com a Cagepa.
Ao final, a matéria foi aprovada e agora Alagoinha passa a integrar a lista que conseguiu o aval do legislativo estadual para decretar calamidade pública. O decreto desburocratiza as contratações da prefeitura nas soluções para a crise hídrica. Além delas, também estão no mesmo estado os municípios de Belém, Areia, Arara, Bananeiras, Casserengue, Curral de Cima e Solânea.
Jornal da Paraíba
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