Agora não tem mais jeito, chegou 2022! A partir de agora, vamos ver quem é quem no tabuleiro da política.
Com relação à disputa rumo ao Palácio da Redenção, é grande a expectativa, sobretudo quando se trata de aliados do governo que, paulatinamente, estão abandonando o “barco”. Assim, foi com o ex-governador Ricardo Coutinho, logo no início do mandato de João. E conforme declarou em entrevista o próprio João Azevedo, o ex-mandatário paraibano “quer se vingar dele” numa demonstração inequívoca da existência de muitas mágoas políticas entre ambos.
Outra personalidade da política que também se afastou politicamente do governo foi a vice-governadora Lígia Feliciano, a qual tem dito em algumas reuniões que “a Paraíba está sofrida”, numa crítica direta à gestão do atual governador João Azevedo com quem se elegeu em 2018.
Dentro desse mesmo direcionamento, já se fala que durante o mês de janeiro o mesmo caminho será tomado pelo senador campinense, Veneziano Vital do Rêgo Segundo Neto.
Vené vem formatando sua pré-candidatura de forma sutil, e mesmo sendo paraibano, age como um mineiro e lentamente vem “comendo pelas beiradas”, construindo seu nome para a disputa ao governo junto a diversos prefeitos, os quais têm anunciado recursos para os seus respectivos municípios.
Veneziano é tão antenado que, ao perceber a data da reforma administrativa anunciada pelo governador ainda neste mês de janeiro, de imediato já foi as emissoras de rádios e TV e antecipadamente declarou que sua esposa, a Secretária de Estado, Ana Cláudia Vital do Rêgo, estará se desvinculando do cargo antes do anúncio programado pelo chefe do executivo estadual, o que fica, ainda mais do que claro, que a estratégia de Vené era o de ganhar tempo e manter seus aliados dentro do governo até o rompimento, que para Veneziano seria em março, como ele declarou no Programa “Frente a Frente” comandado pelo jornalista Luis Torres da TV Arapuan.
Esse malabarismo de Vené de forma até provocativa tem incomodado o governo, pois até para entender seu linguajar aguçado, que lhe é peculiar, é preciso garimpar suas frases, já que são sempre recheadas de mesóclises e interjeições, o que muitas vezes dificulta até para os analistas entenderem o que realmente significam suas expressões de fala e até suas intenções por trás delas.
A verdade é que quem escuta ou assiste ao senador Veneziano Vital expressando o seu notório saber da língua portuguesa, percebe que nas entrelinhas ele deixa claro seu desejo de governar a Paraíba, mas que está faltando pouco para fazer esse anúncio, onde já tem o apoio do MDB nacional, mas quiçá, esteja esperando também o “sinal verde” do apoio do ex-presidente Lula à sua postulação, aí sim, ele anunciará que é candidatíssimo ao governo do estado, fazendo dobradinha com o ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, que poderá figurar como vice na sua chapa, e o ex-governador Ricardo Vieira Coutinho como candidato ao senado.
Mas é óbvio que tudo isso ainda passará por uma série de tratativas para se chegar a um acordo, inclusive, com outros partidos fora do seu arco de aliança política.
Outro fator relevante nessas conversas aglutinativas que Veneziano deverá ter mais adiante, é a situação de Ney Suassuna, que é seu suplente e que poderá se tornar senador da República durante quatro anos, se Veneziano chegar a vencer as eleições em 2022.
Diante de tudo isso, só nos resta aguardar se o senador Veneziano se deslocará do governador João Azevedo e se reaproximará do ex-governador Ricardo Coutinho para dar início a sua pré-campanha ao governo da Paraíba. Há que ter muita atenção porque se deixar Vené solto, ele poderá vencer as eleições.
Todos sabemos que o governador João Azevedo continua com grande favoritismo, mas já dá para prever que com essas perdas de peças importantes dentro desse xadrez político, a situação do governador começa a se complicar, daí a necessidade de buscar outras alianças pois, do contrário, poderá sofrer um esvaziamento e consequentemente ter problemas de ordens conjunturais em sua campanha política, já que está ficando mais do que evidente, que a intenção das oposições é o de levar o pleito para o segundo turno, o que não será nada bom para quem está no comando do governo. Não brinquem com os ex-cabeludo de Campina Grande. Será quem iremos reviver aquele bordão das eleições de 2004 e 2008 realizadas em Campina Grande quando Veneziano foi eleito e reeleito respectivamente, e seus simpatizantes cantavam pelas ruas: " Lá vem o cabeludo no meu da multidão". Quem viver, verá.
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