No domingo (22) pela manhã, ele se encontrou com líderes de partidos aliados em São Paulo. À tarde, falou com governador do estado, Rodrigo Garcia. O governador paulista teria dito a aliados estar aliviado com a decisão.
Na conversa com Rodrigo Garcia, a dupla debateu questões estruturais da campanha ao governo do estado - como comitê e acertos estruturais que estavam montados para Doria e podem ser usadas por Garcia.
"Não sei se ajudo ou atrapalho", teria dito Doria a aliados, que consideram que não ocorrerá uma saída do PSDB por temer, conforme esses aliados, que um movimento nesse sentido pareça algo raivoso. A desistência ocorreu quando Doria percebeu que Garcia o estava rifando ao não associá-lo à sua campanha estadual.
Doria estava sendo pressionado pelo entorno do governador a desistir da pré-candidatura à Presidência como forma de não atrapalhar a campanha de Garcia. Isso porque o ex-governador tem uma alta rejeição, e sua entrada na disputa poderia contaminar os planos do PSDB para São Paulo – o partido governa o estado desde 1994.
Segundo aliados, a decisão tem a ver não só com Garcia, mas também com os negócios de Doria – de se proteger de um eventual governo Lula ou Bolsonaro, já que não tem relação próxima com nenhum dos dois.
Para aliados de João Doria, a pressão para o governador desistir levou em conta a não implosão da candidatura de Rodrigo Garcia, principal foco do PSDB – mas um outro aspecto poderia atingir Doria. Além do temor da contaminação da candidatura do governador, com a presença do ex-governador no palanque, o próprio Doria precisa salvar o seu "day after" fora da política: sem perspectiva de cargo público, tem de se preocupar com sua vida no meio empresarial.
G1
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