O corpo de Pelé será velado, a partir das 10h desta segunda-feira (2), na Vila Belmiro, o estádio onde foi campeão, fez história, deixou saudade e para sempre será lembrado como o maior de todos os tempos. O velório terá a duração de 24 horas. Após as 10h de terça-feira (3), ocorrerá um cortejo pelas ruas de Santos, passando pelo Canal 6, onde mora dona Celeste, de 100 anos, mãe do Rei do Futebol. O craque será enterrado no Memorial Necrópole Ecumênica, em uma cerimônia reservada apenas para familiares.
Pelé morreu, aos 82 anos de idade, na última quinta-feira (29). Ele tinha passado por um tratamento de tumor de cólon, tendo se submetido a cirurgia e quimioterapia. A informação foi confirmada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde ele estava internado.
Antes do adeus, deixou vivos dois pedidos: que seu corpo fosse velado na Vila Belmiro e que seu caixão ficasse no Memorial Necrópole Ecumênica – local que tem vista para o estádio do Santos e “não parece um cemitério”, como dizia.
A casa do Rei
Pelé chegou ao Santos em 1956. Em junho do mesmo ano, depois de exibições de gala em treinos e jogos amadores justamente na Vila Belmiro, o Rei do futebol assinou seu primeiro contrato com o clube. Começava, ali, uma era.
Eleito o maior atleta do Século XX, Pelé jogou 1.364 jogos e fez 1.282 gols. O estádio onde mais vezes entrou em campo foi a Vila Belmiro, com 210 partidas. Foi na casa do Santos, também, onde o Rei do futebol mais fez gols: 288.
Quando era o camisa 10 e comandava o Santos pelo mundo, porém, Pelé deixou sua casa até pequena para tudo o que representava. Muitas de suas principais conquistas foram longe da Vila Belmiro. Os títulos mundiais, por exemplo, de 1962 e 1963, contra Benfica e Milan, tiveram finais disputadas em Portugal, na Itália e no Maracanã.
MaisPB com UOL
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