A advogada de Erika de Souza Vieira Nunes afirmou, neste sábado (20/4), que a cliente foi agredida no Presídio de Benfica, localizado no Rio de Janeiro. A mulher está presa por suspeita de tentativa de furto mediante fraude ao tentar sacar R$ 17 mil em nome de Paulo Roberto Braga, 68 anos, que possivelmente foi levado morto à agência bancária de Bangu. Érika também pode responder por vilipêndio de cadáver.
“Erika sofreu represálias dentro da prisão. Ela me relatou que assim que ela chegou a Benfica, jogaram água e comida nela”, disse a advogada Ana Carla de Souza Corrêa, ao g1. A profissional também citou que Erika só percebeu que Paulo tinha morrido depois que o Serviço de Atendimento Móvel (Samu) chegou ao banco e confirmou a morte do idoso.
“Ela tem depressão, e acreditamos que isso aconteceu. Ela é sobrinha do Paulo, sempre conviveu com ele. Ela cuidava e ajudava no auxílio. Infelizmente, ele ficou debilitado com a última internação. Ela é cabeleireira e vivia dessa renda. Batemos na tecla de que ela precisa ser solta para cuidar da filha especial”, destacou a advogada.
O corpo de Paulo Roberto Braga, 68 anos, foi enterrado na manhã deste sábado (20/4), no cemitério de Campo Grande, no Rio de Janeiro. A família do idoso conseguiu o sepultamento gratuito por meio de benefício da Prefeitura do Rio. Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), Paulo apresentava sinais de subnutrição antes de morrer. A causa da morte foi broncoaspiração do conteúdo estomacal e falência cardíaca.
Relembre o caso
Érika de Souza Vieira Nunes, levou Paulo em uma cadeira de rodas para uma agência bancária, na tentativa de sacar um empréstimo de R$ 17 mil. No vídeo que circulou e viralizou nas redes sociais é possível ver que Érika ficou a todo momento tentando manter a cabeça do idoso reta, enquanto falava com ele.
A atitude da mulher chamou a atenção de funcionários da agência bancária, que decidiram filmar a ação enquanto aguardavam a chegada da polícia. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi chamado e constatou que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, estava morto há algumas horas.
No entanto, a Polícia Civil afirmou que os sinais encontrados no corpo do idoso Paulo Roberto Braga contradizem com a versão da defesa da sobrinha Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, de que o idoso morreu na agência bancária.
Livores cadavéricos indicam que Paulo não teria morrido sentado. Livores são acúmulos de sangue decorrentes da interrupção da circulação que, no caso dele, se acumularam na nuca, indicando que ele deve ter ido a óbito deitado.
Correio Brazilense
Em depoimento à polícia, Érika afirmou que o homem de 68 anos estava vivo ao chegar no local. Segundo ela, os dois foram ao banco para retirar um empréstimo de R$ 17 mil, solicitado por ele em março. A vontade dele, segundo a mulher, era comprar uma TV e fazer uma obra com o valor.
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